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Sra TPM – Elisabete Cunha

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Sra TPM Bom dia !
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Gostaria de lhe comunicar que não tenho nada contra a senhora, longe disso …sua presença me faz ter certeza que meus hormônios femininos estão todos em plena função reprodutiva e cheios de vida e podem me dar ainda a frescura da minha pele suave e a umidade característica necessária para uma vida sexual ativa e prazerosa. Bem, não leve a mal a minha sinceridade , tenho que lhe relatar que sua proximidade me traz coisas negativas também.

Não seria verdadeira se não lhe comunicasse que choro sempre, desde uma inexistência de motivos que me façam sentir um vazio ilusório, até com propaganda de dia das mães…ou de margarina.. É sentar, e pensar, pra então sentir e se ver emocionada ou porque o momento é lindo e meus olhos enchem d’água, ou as ligações mentais me fazem ver o lado nem tão bonito assim, e dão o start num pranto que soluça, para, volta e sofrega de novo.

Travesseiro úmido, roupa também, rosto inchado e uma dor de cabeça do cão que só passa se remediada. Ou seja: choro muito, penso pouco, sinto como se tudo transbordasse. É assim, sem farsas nem travas – eu permito mesmo parecer frágil . Sei que meus companheiros de vida sofrem com minha impulsividade já característica por ser ariana, pior quando vem acompanhada por impaciência e palavrões pesadíssimos que fariam Dercy Gonçalves remexer-se no túmulo perguntando que baiana boca suja é esta?.


Enfim,gostaria que falasse com a Dona.Serotonina quepelamor não me deixe só nestes momentos críticos que nem milhões de “Dr. Drauzio Varela” me explicando e me acalmando conseguem domar a fera que existe dentro de mim nestes dias sombrios..

 

Sem Mais a declarar sua Criada & Malcriada

Elisabete Cunha

Inté paromês

 

Quando um não quer, dois não brigam!

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“Quando um não quer, dois não brigam”, diz o ditado popular. Mas, como conviver com uma pessoa que quer sempre brigar?
Existem pessoas viciadas na raiva: elas só conseguem se organizar após uma explosão emocional.

Em nossa sociedade competitiva, os raivosos são vistos como pessoas fortes e os deprimidos com pessoas fracas. Na década de 1970, a raiva era considerada um sinal de saúde mental. O movimento feminista incentivava a mulheres a “entrar em contato” com sua raiva como forma de liberação. A técnica de socar a almofada ainda é vista por muitos como uma forma saudável de extravasar os sentimentos negativos. No entanto, descarregar a raiva traz apenas um alívio momentâneo, pois, a repetição da raiva reforça seus impulsos agressivos. Ou seja, expressando a raiva, aprendemos cada vez melhor a ser mais raivosos!

Aquele que mais quer agredir, é quem menos elaborou a sua dor. Torna-se fraco na medida em que precisa cada vez mais do outro para se distanciar da própria sombra.

Já aquele que não quer brigar está decidido a cuidar da própria dor. Escolhe elaborá-la. Isso não quer dizer tornar-se passivo diante da agressão, mas sim assertivo. A clareza do que é injusto, inadequado e abusivo o guiará em seus comportamentos. Será necessário que ele se posicione frente ao agressor, para colocar limites e proteger-se.

No entanto, aquele que cresceu em ambientes agressivos, servindo de base para as projeções alheias baseadas na raiva e na frustração, sente-se facilmente uma vítima culpabilizada. Afinal, foram tantos os condicionamentos de que “se ele” se comportasse como havia lhe sido dito, “tudo se acalmaria”. Quem convive sob a ditadura de uma pessoa violenta e mal-humorada sabe o que estou dizendo!

Todos sofrem sob a dinâmica da raiva. Aquele que vive mal humorado pode ser até corretamente interpretado como um pessoa egoísta, narcisista ou imatura, mas de pouco serve reclamar de suas inabilidades, se o seu sofrimento não for também reconhecido em suas necessidades. Todos precisam de ajuda. O desafio é saber buscá-la nos lugares e com as pessoas certas…

Muitas vezes, aquele que agride não está desejando que o outro sofra, mas, sim, que ele assuma para si a responsabilidade da sua raiva. O mal humor e a raiva o deixam cegos. Por isso é perverso: visa apenas destruir. Enquanto uma pessoa estiver reativa não há como ajudá-la. Será preciso aguardar até que surja uma pequena brecha de receptividade. Aliás, quando se perde o contato com o mundo interior, nada do mundo externo capaz de nos transformar verdadeiramente. Sem receptividade não há empatia: quem sente raiva vê o outro apenas como um objeto no qual pode descarregar (pelo menos momentaneamente) seu desconforto.

Mau humor constante, explosões de raiva e a falta de controle de impulso são sintomas de vários distúrbios mentais. Entre eles, há o Transtorno Explosivo Intermitente: devido a um desequilíbrio na quantidade de serotonina e testosterona no cérebro, a pessoa explode de modo profundamente exagerado em relação à causa. Em outro artigo, podemos explorar melhor a biologia da raiva. Por ora, o importante é ressaltar que diante de tal distúrbio todos sofrem e cada um sabe como!

Mas, como fortalecer-se para não se tornar uma presa fácil da raiva alheia?

Na medida em que conhecemos os mecanismos de ataque do agressor, podemos criar mecanismos de proteção. Mantenha em mente que o objetivo de quem agride é desestabilizá-lo! Portanto, não entregue a ele o papel de ser alguém capaz de julgá-lo corretamente pois ele irá acuá-lo ressaltando apenas seus defeitos até que você perca de vista seu potencial de força.

Se numa conversa o foco não estiver voltado para a solução de problemas, mas, sim, para seus pontos fracos, lembre-se de que se trata, então, de uma disputa de forças. O que era uma conversa, tornou-se agora uma discussão. Então, lembre-se: o ataque pessoal é a última estratégia de quem está perdendo numa discussão. Aquele que se tornou grosseiro é porque não tem mais argumentos lógicos. Mesmo que não demonstre, ele está com medo e indefeso, por isso irá atacar antes de ser atacado.

O melhor é cair fora, pois sem receptividade as transformações positivas não podem ocorrer. Nestes momentos, é melhor pensar e (se possível) dizer: “Esta discussão não tem senso, portanto, desta forma não temos o que falar. A situação já está ruim, assim só vai piorar. Quando conseguirmos focar em como irmos para uma situação melhor, volto a conversar”.

Devemos ouvir e registrar o que outro nos fala raivosamente, mas iremos precisar recuperar a calma para refletir corretamente. Neste sentido, é melhor evitarmos colocar um peso extra sobre nós mesmos. Se já nos sentimos fracos ou simplesmente cansados demais para refletir, precisamos nos respeitar.

Conhecer nossos limites e recursos é uma tarefa para a vida toda. Se permanecermos tempo demasiado em nosso circuito interno de emoções negativas, iremos nos intoxicar. Trancar-se em si mesmo por meio de uma postura autocondenadora só irá aumentar a sensação de solidão, suspeita e insegurança. Certa vez, Lama Michel Rinpoche disse: “Quando estamos sob pressão temos que começar por tirar a expectativa alheia sobre nós e cultivar um relacionamento honesto com nossa própria expectativa”.

Procure espairecer. Nossa mente precisa de espaço para se reorganizar. Se não souber como fazê-lo, busque ajuda daqueles que já superaram situações semelhantes. Assim como nos fala Lama Gangchen Rinpoche: “Trabalhe para manter o seu sorriso interior. Quando os outros o inundarem com informações negativas, não beba da sua energia: ela danifica o corpo tanto quanto uma substância intoxicante!”

Por :: Bel Cesar ::

 

MAIS OU MENOS,ARGH!

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Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio , paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.
Tudo perda de tempo.
Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.

(trecho de O Divã)

Martha Medeiros